CASAMENTOS

CONEXÃO

As imagens dos avatares do Hinduísmo, ao lado das obras de arte indianas, compunham o cenário da sala. Na varanda, cheio de poses, caminhava o pavão.

Logo que entrei no consulado, pensei por um momento que poderia estar na Índia e, conversando com o pai da Sarah, descobri que de alguma forma isso era uma realidade, pois o consulado é considerado território do país que representa. Realizar o casamento onde a Sarah viveu e passou todas as fases de sua vida, fazia muito sentido pra eles. Ela nos contou que a vida em família é onde os indianos acreditam que as pessoas podem alcançar os estados mais elevados e, fazer a cerimônia Hindu era muito importante pra ela por ter sido criada nessa cultura. Embora não tenha uma religião, o André não apenas topou fazer o casamento nos moldes da cultura indiana, como se entregou em todo o processo, ensaiando a dança, ajudando na montagem da decoração, fazendo o que entendia ser importante pra Sarah. Mesmo com espiritualidades diferentes pude ver neles um forte sentimento de conexão e aprendi uma lição importante: Sim, é possível construir pontes, e não muros entre pessoas de espiritualidades diferentes! Independente da crença ou ausência dela, o que nos conecta é a nossa essência, o amor! Nesse pedacinho da Índia no Brasil, pude fazer um verdadeiro mergulho pra dentro e confirmar algo que carrego no coração: o que fica ao final do nosso trabalho são as memórias que criamos, mas principalmente, as conexões que fazemos! NAMASTÊ